quinta-feira, 29 de outubro de 2009
HOMENAGEM AS PROFESSORAS E SERVIDORES - 2009
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Stress Docente: o mal do século
Stress crônico laboral é a definição mais objetiva. Em espanhol o fenômeno é conhecido como Sindrome del Quemado. O termo Burnout (Burn + out) alude gíria inglesa utilizada por engenheiros aeronáuticos, desde 1940, para sintetizar o estado mecânico final de turbinas de jato que eram colocadas em teste de resistência até o seu limite final e, então, “burnout”, “queima total”, “fundiam”.
Quais são as causas e os fatores determinantes?
A relação causa-fatores é muito subjetiva, pois ganha ou perde forças na dinâmica entre capacidade pessoal em lidar com o stress e a intensidade/frequência na dedemanda de fatores relacionados, exclusivamente, com o ambiente de trabalho, tais como: Cobranças excessivas, jornadas longas e desgastantes, remuneração inadequada, ausência de recompensas, falta de camaradagem entre membros da equipe, subemprego de competências pessoais, baixa perspectiva de assenção/promoção na carreira, sentimento de vulnerabilidade em relação a segurança pessoal, falta de apoio técnico-operacional e falta de reconhecimento no serviço prestado, entre outros fatores. Assim, de acordo pesquisas recentes a causa essencial do Burnout perpassa três dimensões, não necessariamente nesta ordem: a) Esgotamento emocional; b) Despersonalização, quando o profissional evita/desfaz qualquer tipo de envolvimento/vínculo com as pessoas que atende; c) Baixa realização pessoal no trabaho.
Tem algum paralelo com a depressão?
O Burnout apresenta sinais e sintomas comuns ao quadro depressivo, tais como: tristeza aparente, desânimo, pessimismo, inapetência, apatia geral, dificuldade em desempenhar papéis, queda brusca da libido, aumento no desejo de afastamento social, isolamento e absenteísmo. A pessoa tem vontade de “sumir” e não quer ver ninguém, não possui forças para fazer nada, nem mesmo a mais simples tarefa ou o que antes lhe dava muito prazer, culminando em descuido com a própria aparência e a própria saúde. A diferença está no fato de que a depressão é multifatorial, ou seja, tem várias causas distintas entre fatores endógenos, por disfunções hormonais, transtornos psicológicos etc; e exógenos, por perdas e danos sociais, materiais, profissionais, acadêmicos, afetivos etc.
A princípio parece tudo a mesma coisa, mas não é tão simples assim, pois como as causas são diferenciadas o tratamento só será eficaz se o diagnóstico for preciso. Não se tratam sintomas de burnout com diagnóstico de depressão e, por isso, o médico ou psicólogo que for realizar o diagnóstico deverá esmerar-se em decobrir as causas reais ao invés de considerar apenas os sinais e sintomas indicativos. Daí a importância de se aprofundar no assunto. Não apenas os profissionais em potencial para desenvolver a Burnout, no sentido de se prevenirem, mas principalmente os profissionais médicos e psicólogos, que são os mais indicados e procurados para a detecção e combate da síndrome.
Quais são os profissionais mais atingidos?
Pessoas que lidam com a dor e sofrimento do outro: Médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, psicanalistas etc; e outros profissionais que formam vínculos assistencialistas no trato com as necessidades alheias diversas, a exemplo dos gestores escolares, professores, psicopedagogos e demais educadores, em função da intensa e complexa dinâmica educativa.
No caso de docentes, quais sintomas apresentam e que consequências psicosocial eles sofrem?
O absenteísmo é o sintoma mais evidente, pois o docente priva a escola, seus colegas e seus educandos de sua importante presença física e institucional, pois está sempre de atestado ou licença médica, fica indiferente nas decisões tomadas em conjunto com a equipe e, na sala de aula, por estar com os sentidos à flor da pele, perde as características essenciais ao exercício de sua função docente, por diminuição da capacidade e qualidade de comunicação e aumento da resistência na interação com os educandos, representando perda significativa para a qualidade do ensino. Daí o Prof. Wanderley Codo, coordenador do labortaório de psicologia da Universidade de Brasília (UnB) afirmar que a síndrome de Burnout “pode levar à falência da educação”, quando considera em suas pesquisas o índice de incidência de burnout em professores da ordem de 43%. Em decorrência do esgotamento generalizado, com impacto na auto-estima do professor, muitos docentes perdem conideravelmente qualidade de vida em outras esferas sociais, a exemplo da vida familiar, conjugal, acadêmica, social e até mesmo espiritual. É um tsnumani na vida do professor, com consequências imprevisíveis, mas não irreversíveis se diagnosticada e tratada devidamente.
Como reconhecer os sinais de stress?
Os principais sinais físicos são: fadiga sem causa aparente; enxaquecas; dores “andarilhas” (cada hora dói num lugar diferente); constipação ou diarréia constantes; alteração do sono e queda na libido. Há porém outras alterações orgânicas, não visíveis, apenas detectadas por exames médicos específicos que irão determinar o diagnóstico.
Os pricnipais sinais psicológicos e comportamentais são: Sinais e sintomas semelhantes aos da depressão, já bastante conhecidos pela população; irritabilidade; ceticismo; indiferença e despersonalização.
Esse sofrimento é somente mental ou pode também trazer problemas físicos?
Mesmo que não saibamos exatamente o que está causando o que, isso somente o médico ou o psicólogoo poderá avaliar melhor, contudo tem-se a certeza que mente e corpo não estão dissociados em suas dinâmicas. São chamados os fenômenos somatopsíquicos, quando o corpo interfere na mente e psicossomáticos, quando a mente interfere no corpo. Sabe-se que o hormônio do stress, o cortisol, baixa a imunidade do organismo deixando-o mais vulnerável a infecções e viroses, além de causar irritação cutênea e queda de cabelos. Quem não perde o apetite quando está triste ou come compulsivamente quando está ansioso? Da mesma forma, o zelo com a aparência física e estética corporal/facial tem impacto direto na auto-estima das pessoas. Portanto, certamente o sofrimento mental pode sim trazer problemas físicos e não há notícias na ciência moderna a respeito de recursos técnicos e medicamentoso capazes de protegerem de forma permanentemente eficaz e, portanto, irrestrita e cabal a mente do sofrimento físico, nem o físico do sofrimento mental. É preciso harmonizar mente e corpo para gozar saúde satisfatória e prevenir doenças.
Como prevenir a Síndrome de burnout?
Primeiro conhecendo como ela surge e como é a sua dinâmica. Depois aprendendo técnicas mais eficazes e eficientes de lidar com o estress próprio e o stress alheio. O material produzido, compilado e disponibilizado no curso, tais como: slides, cartilhas, questionário, pesquisas, textos diversos e video facilitam a compreensão tanto do assunto quanto dos métodos de prevenção.
Quando deve-se procurar ajuda? Que profissional é indicado?
Ajuda é sempre bem-vinda em qualquer época e em qualquer momento. Infelizmente, muitas pessoas resistem à ajuda até chegarem ao limite, à cronicidade. Diante do eminente problema é comum negar o estado aparente de debilididade ou fragilidade. Depois de reconhecer a existência do problema a pessoa tende a investir muita energia para sustentar a postura de forte e durona. Na verdade estão apenas “encapsulando” o problema que encontra as condições ideais de desenvolvimento. Num terceiro momento, quando o problema eclode e torna-se visível a todos, então recorrem-se a auto-medicação, entre outras tentativas inadequadas e inócuas para resolver o problema. Somente quando essa dinâmica esgota todas as energias e consome toda saúde da pessoa é que ela procura ajuda profissional, isso quando procura.
Pensando nas pessoas mais maduras e que não necessitam sustentar essa postura de “super-herói” criei um questionário indicativo da Burnout, inspirado no Maslach Burnout Inventory, da psicóloga norte-americana Christina Maslach, cujo intuito não é diagnosticar burnout, longe disso, mas oferecer indícios muito elementares e orientar as pessoas a procurarem ajuda médica em tempo hábil, facilitando toda intervenção do médico ou do psicólogo, posteriormente.
É necessário tratamento medicamentoso?
Embora eu não seja médico, sabe-se que assim como toda e qualquer anomalia psicofísica, o quadro de Burnout é passível de intercorrência medicamentosa sim e somente o médico e mais ninguém aquém deste profissional tem condições de avaliar e prescrever a medicação mais indicada que pode variar desde analgésicos, ansiolíticos e até anti-depressivos, conforme cada caso. Tenho notícias de pessoas que se tratam por tabela. Comparam alguns sintomas com outro colega e, havendo similaridade, compartilham do mesmo medicamento. Isto é totalmente contra-indicado haja vista que cada pessoa tem um porte físico diferenciado e um histórico pessoal muito peculiar interferindo em seu metabolismo e absorção de muitos princípios farmacológicos.
Contudo, ao identificar os primeiros sinais e sintomas da síndrome, estes podem ser debelados com simples mudanças de hábitos ou de atitudes na rotina diária. À medida em que o quadro evolui e outros sintomas vão surgindo, faz-se necessária a interveção do psicólogo, em especial os especialistas em estress e biofeedback. Quando o sofrimento mental começa a causar transtornos psíquicos como ansiedade, pânico ou quadro depressivo e transtornos físicos, então o tratamento medicamentoso se torna não apenas necessário como imprescindível. O ideal é aprender a prevenir para não ter que remediar, como diz o sábio ditado!
Qual é a importância da identificação nos docentes?
De acordo com pesquisas encabeçadas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação e do Laboratório de Psicologia da UnB nos anos de 1999 e posteriormente atualizado em 2002, comparadas com notícias recentes, divulgando última pesquisa (2008) divulgada pela Universidade de Brasília (UnB), mais de 40% dos professores regentes desde a educação infantil até o ensino superior apresentam pelo menos uma das três dimensões da Síndrome. Isso quer dizer que alguns têm o quadro do Burnout iniciado e outros estão em um estágio mais avançado da doença. Se associarmos esta informação ao que o Prof. Codo disse, percebemos que realmente o Burnout pode “levar à falência da educação”, torno a citar. Portanto, além desse risco, é ainda fator potencial de comprometimento da qualidade de vida desses profissionais, reafirmando a importância que se deve conferir ao conhecimento deste fenômeno tão ameaçador quanto simples de se identificar e prevenir.
Fale-nos sobre o curso a distância “Stress docente: a Síndrome de Bournout em professores. Como identificar”, a quem é dirigido e qual a importância deste conhecimento nos dias atuais?
O curso é para quem quer e pretende empreender melhorias na qualidade de vida sua e na de seus educandos/clientes/pacientes, sem o inconveniente das manobras mirabolantes e de qualquer gasto extravagante, mas por mudança de atitudes simples em função do conhecimento adquirido.
A formatação do curso na modalidade a distância surgiu em função do reconhecimento dos riscos públicos e pessoais que o Burnout representa em nosso contexto social e educativo, devendo as nuanças e características desta síndrome serem divulgadas de forma mais objetiva e abrangente possível ao maior número de profissionais interessados direta ou indiretamente sobre o assunto.
A disponibilzação deste curso pelo Portal Psicopedagogiaonline e Fundação Aprender vai muito além dos objetivos comuns a um bom curso a distância. Mais do que oferecer recursos teórico-práticos aos cursistas e uma certificação reconhecida e respeitada internacionalmente, pretendemos, eu enquanto tutor e toda equipe envolvida na produção e sistematização deste curso, oferecer informações estratégicas de identificação, tratamento e prevenção do Burnout, por meio de metodologia didática adequada, em linguagem de fácil assimiliação, não necessitando, portanto, fluência nas áreas médica e psicológica para compreender o assunto e aplicar as dicas oferecidas.
A matrícula e ingresso no curso não tem restrição acadêmica e foi desenvolvido tanto para atender as necessidades básicas de eslarecimentos a profissionais das áreas médica e psicológica, responsáveis pelo diagnóstico e tratamento da doença, quanto para oferecer dicas valiosas de prevenção aos demais profissionais com potencial de desenvolvimento da síndrome, tais como docentes, educadores de modo geral, assistentes sociais, secretárias, fonoaudiólogos, enfim, todos os profissionais que, de alguma forma, lidam de forma assistencialista com seus clientes/pacientes.
Mais do que conhecer o burnout estamos oferecendo a oportunidade aos cursistas em repensar paradigmas e melhorar significativamente a sua qualidade de vida pessoal e profissional com estratégias simples e de fácil aplicação. Daí a importância e pertinência de todos os profissionais, em especial aqueles da área educacional, não pensarem duas vezes em fazer este curso, pois conhecer o inimigo é o primeiro passo para vencê-lo. Capacite-se, previna-se e torne você também um agente multiplicador na prevenção e combate da Síndrome de Burnout.
Chafic Jbeili - Especialista em Psicopedagogia Clínica pela FACETEN/RR; psicanalista clínico pelo Instituto IMPAR; autor do livro Superando o Desânimo; membro fundador da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática do Distrito Federal; professor convidado dos cursos de pós-graduação em Psicopedagogia e Docência do Ensino Superior do Instituto Educacional Multidisciplinar de Brasília - IMPAR. Tutor e Autor do EducEAD- Cursos a Distância.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
3ºPLANTÃO ESCOLAR
NOSSO CMEI, REALIZOU DURANTE TODO O DIA (23/10), O PLANTÃO ESCOLAR PARA ATENDIMENTO AOS PAIS DE ALUNOS.
O OBJETIVO DO PLANTÃO ESCOLAR É RESSALTAR A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO DOS PAIS NO COTIDIANO ESCOLAR DE SEUS FILHOS. ESSA ATIVIDADE É REALIZADA NO FINAL DE CADA BIMESTRE, NÃO SÓ PARA QUE OS PAIS RECEBAM OS CONCEITOS DE NIVEL DE SEUS FILHOS, MAS PRINCIPALMENTE PARA CONVERSAR COM ELES A RESPEITO DO PROGRESSO DAS CRIANÇAS E DA PARTICIPAÇÃO DELES PARA QUE NOSSAS CRIANÇAS APRENDAM MAIS.
DURANTE O PLANTÃO ESCOLAR, OS PAIS SÃO ORIENTADOS A ACOMPANHAR A RESOLUÇÃO DAS ATIVIDADES A SEREM FEITAS EM CASA PELOS ALUNOS E A DIALOGAR COM OS FILHOS, A FIM DE DESCOBRIREM ONDE ESTÃO AS DIFICULDADES E SANÁ-LAS.
O PLANTÃO É FEITO INDIVIDUALMENTE, ONDE OS PAIS RECEBEM AS ATIVIDADES REALIZADAS PELA SUA CRIANÇA DURANTE O BIMESTRE E CONVERSAM COM AS PROFESSORAS E JUNTOS PLANEJAM AÇÕES PARA FAZER COM QUE O ALUNO SANE DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM.
Profª Lessa, Maternal do turno manhã
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
NOSSA ESCOLA
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
PASSEIO AO ZOOBOTÂNICO


O URSO, O LEÃO E O HIPOPÓTAMO VIERAM NOS CUMPRIMENTAR, DEIXANDO TODA A CRIANÇADA ANIMADA...



ESTÁVAMOS BEM ANIMADOS TAMBÉM, VEJA NOSSO GRUPO DE PROFESSORES E DE APOIO...

terça-feira, 13 de outubro de 2009
COMO SURGIU O DIA DO PROFESSOR
As bolas de papel na cabeça,
Os inúmeros diários para se corrigir,
As críticas, as noites mal dormidas...
Tudo isso não foi o suficiente
Para te fazer desistir do teu maior sonho:
Tornar possíveis os sonhos do mundo.
Que bom que esta tua vocação
Tem despertado a vocação de muitos.
Parece injusto desejar-te um feliz dia dos professores,
Quando em seu dia-a-dia
Tantas dificuldades acontecem.
A rotina é dura, mas você ainda persiste.
Teu mundo é alegre, pois você
Consegue olhar os olhos de todos os outros
E fazê-los felizes também.
Você é feliz, pois na tua matemática de vida,
Dividir é sempre a melhor solução.
Você é grande e nobre, pois o seu ofício árduo lapida
O teu coração a cada dia,
Dando-te tanto prazer em ensinar.
Homenagens, frases poéticas,
Certamente farão parte do seu dia a dia,
E quero de forma especial, relembrar
A pessoa maravilhosa que você é
E a importância daquilo do seu ofício.
É por isto que você merece esta homenagem
Hoje e sempre, por aquilo que você é
E por aquilo que você faz.
Felicidades !!!
(autor desconhecido)
Como surgiu o Dia do Professor
"Tudo começou com um decreto imperial, de 15 de outubro de 1827, que trata da primeira Lei Geral relativa ao Ensino Elementar. Este decreto, outorgado por Dom Pedro I, veio a se tornar um marco na educação imperial, de tal modo que passou a ser a principal referência para os docentes do primário e ginásio nas províncias. A Lei tratou dos mais diversos assuntos como descentralização do ensino, remuneração dos professores e mestras, ensino mútuo, currículo mínimo, admissão de professores e escolas das meninas.
A primeira contribuição da Lei de 15 de outubro de 1827 foi a de determinar, no seu artigo 1º, que as Escolas de Primeiras Letras (hoje, ensino fundamental) deveriam ensinar, para os meninos, a leitura, a escrita, as quatro operações de cálculo e as noções mais gerais de geometria prática. Às meninas, sem qualquer embasamento pedagógico, estavam excluídas as noções de geometria. Aprenderiam, sim, as prendas (costurar, bordar, cozinhar etc) para a economia doméstica.
Se compararmos a lei geral do período imperial com a nossa atual lei geral da educação republicana, a Lei 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), persegue ainda ideais imperiais, ao estabelecer, entre os fins do ensino fundamental, a tarefa de desenvolver a “capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo”. Portanto, mais de um sesquicentenário da lei, perseguimos os meus objetivos da educação imperial.
A Lei de 15 de novembro também inovou no processo de descentralização do ensino ao mandar criar escolas de primeiras letras em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos do Império. Hoje, além da descentralização do ensino, para maior cobertura de matrícula do ensino fundamental, obrigatório e gratuito, o poder público assegura, por imperativo constitucional, sua oferta gratuita, inclusive, para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria (Inciso I, artigo 208, Constituição Federal).
A remuneração dos professores é, historicamente, o grande gargalo da política educacional, do Império à Nova República, de Dom Pedro I a Fernando Henrique Cardoso I e II. O grande mérito do Imperador, ao outorgar a Lei de 15 de outubro de 1827, foi o de não se descuidar, pelo menos, formalmente, dos salários dos professores. No artigo 3º da lei imperial, determinou Dom Pedro que os presidentes, em Conselho, taxariam interinamente os ordenados dos Professores, regulando-os de 200$000 a 500$000 anuais, com atenção às circunstâncias da população e carestia dos lugares.
O economista Antônio Luiz Monteiro Coelho da Costa, especialista em cotação de moedas, atendendo minha solicitação, por e-mail, fez a conversão dos réis, de 1827, em reais de 2001 (discutíveis): estima Luiz Monteiro que 200$000 eqüivalem a aproximadamente R$ 8.800,00 (isto é, a um salário mensal de R$ 680, considerando o 13º) e 500$000 a aproximadamente R$ 22.000(R$ 1.700, por mês).
Os dados mostram como os professores, no século XXI, em se tratando de remuneração, recebem bem aquém dos parâmetros estabelecidos pela lei imperial, no longínquo século XIX. De acordo com dados recentes do Ministério de Educação, do total de professores, 65% ganham menos que R$650, 15% ganham entre R$650 e R$900 e 16% ganham mais de R$900. O salário médio mensal, de acordo com o senso do Ministério de Educação, é de R$1.474 nas escolas federais, R$656 nas particulares, R$584 nas estaduais e R$372 na municipais. Nos municípios cearenses, ainda encontramos milhares de professores recebendo (e com atraso) menos do que um salário mínimo vigente.
Atualmente, a Constituição Federal de 1988, no seu inciso V, artigo 206, garante, como princípio de ensino, aos profissionais de ensino, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional, mas até agora, não há vontade política para se determinar o valor do piso salarial profissional condigno para os professores.
A Lei de 15 de outubro de 1827 trouxe, por fim, para época, inovações de cunho liberal como a co-educação, revelada através da inclusão das meninos no sistema escolar e que as mestras, pelo artigo 13, não poderiam perceber menos do que os mestres.
A formação dos professores foi lembrada pela lei imperial. No seu artigo 5º, os professores que não tinham a necessária instrução do ensino elementar iriam instruir-se em curto prazo e à custa dos seus ordenados nas escolas das capitais.
Preocupados, hoje, com os 210 mil professores leigos, sem formação sequer do pedagógico ofertado no ensino médio, o Brasil contemporâneo, através da Emenda Constitucional n.º 14, de 12 de setembro de 1996 , a LDB, o Fundef, todos promulgados em 1996, orientam os governantes e as universidades para as licenciaturas breves, na luta contra esse déficit de professores habilitados para o magistério escolar, mas com o apoio financeiro do poder público em favor dos professores de rede pública de ensino (Magister, no Ceará, é um bom exemplo).
A expectativa da sociedade, política e civil, é a de habilitar, em nível superior, até o ano de 2007, o grande contigente de professores leigos da educação básica. Será que, ao comemorarmos o Dia do Professor em 2007, 180 anos depois da primeira geral da educação imperial, teremos atingido esse desiderato republicano? "
Vicente Martins
Professor Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), de Sobral.
Fonte de Pesquisa
http://www.psicopedagogia.com.br
Projeto de Lei que instituiu a data comemorativa
"...O Deputado Estadual Paulista, Dr. Antonio Carlos de Salles Filho, no mandato 1947/51, é o autor do Projeto de Lei que instituiu tal homenagem, em âmbito do território do Estado de São Paulo - e, mais tarde, já como Deputado Federal, no mandato 1955/59, fê-lo com espectro e abrangência nacional, passando os abnegados professores a, pelo menos isto, terem seu dia especial, 15 de outubro...."
Informações enviadas por:Antonio Luiz Barros de Salles





















